quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Querem tudo por água abaixo literalmente

Por esses dias assisti o protesto dos atores globais contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Eles apresentaram a questão com muita propriedade, tomados por um espírito de cidadania e voluntariarismo, apesar de certos exageros. Mas procurando mais sobre o dito assunto, achei uma paródia feita pelos alunos de engenharia da Unicamp e essa realmente me comoveu. Nada contra os atores, mas ver que nossos estudantes não se calam perante tamanha agressão ao meio ambiente me faz remontar a memória dos estudantes combativos de anos atrás. Fico feliz em saber que a minha opinião sobre essa geração – a minha geração – estava errada.
            


Não falarei muito dessa vez, deixarei que os patriotas alunos falem por mim. E diante dos dados apresentados, cada cidadão tome sua decisão sobre o que fazer. Dados como a conta de R$ 30 bilhões que sairá do nosso bolso para essa construção, ou o fato de o governo não estar nem um pouco preocupado sobre o alagamento do Parque Nacional do Xingu. Alguém se importa com a mata que vai ser destruída? Com toda uma cadeia e um equilíbrio ambiental daquela área que vai ser completamente devastada? Ou, se ‘bicho e mato’ não lhe importar, que tal seres humanos? Os índios que moram na reserva, que nem devo comentar que é protegida por lei... alguém já pensou o que vai ser deles?  Ou também devo crer que índio não é gente? São inúmeras perguntas sem resposta. O que eu simplesmente não aceito, meu amado Brasil, é que nos calemos diante de tantos absurdos e que concordemos em bancar a festa da politicagem. Eu não me orgulho de um país que quer crescer sem preservar suas riquezas naturais.

Bem esse é meu recado e aqui fica o recado dos alunos da Unicamp a quem eu deixo o meu aplauso.

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